O vale-refeição surgiu na França, logo depois da Segunda Guerra Mundial, nos anos 1950.
O contexto foi o seguinte: naquela época, muitas empresas queriam garantir que seus funcionários tivessem acesso a uma refeição decente durante o trabalho, porque ainda havia muita dificuldade de abastecimento de alimentos e de manter restaurantes funcionando. Para ajudar nisso, o governo francês criou uma lei oficializando o uso de tíquetes de refeição pagos pelas empresas para os trabalhadores. Esses tíquetes podiam ser usados em restaurantes e mercados.
A ideia deu tão certo que se espalhou para outros países, chegando ao Brasil nos anos 1970. Aqui, o vale-refeição foi regulamentado em 1976 com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), criado pelo governo para incentivar empresas a oferecerem benefícios de alimentação aos empregados, com incentivos fiscais em troca.
Depois da regulamentação do vale-refeição no Brasil em 1976 com o PAT, o benefício foi evoluindo assim:
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Anos 70 e 80:
O vale-refeição era um papelzinho (um talão de tíquetes) entregue aos funcionários. Cada tíquete tinha um valor fixo e era usado diretamente em restaurantes ou lanchonetes. Era comum ver cartazes “Aceitamos tíquete refeição”. -
Anos 90:
As empresas começaram a buscar mais praticidade e segurança, porque os tíquetes de papel eram fáceis de perder, roubar ou falsificar. Daí surgiram os cartões magnéticos, tipo cartão de débito, só que exclusivo para alimentação. -
Anos 2000:
Começou a expansão dos grandes nomes: Ticket, Sodexo, Alelo, VR Benefícios. O sistema de cartões se espalhou pelo Brasil inteiro e passou a ser aceito em redes de supermercados, padarias, restaurantes. -
Anos 2010:
Com a popularização dos smartphones, os apps começaram a surgir para consulta de saldo, bloqueio em caso de perda e até para localizar restaurantes que aceitam o vale. -
Anos 2020 até hoje:
A revolução digital chegou de vez. Agora existem:-
Vales refeição digitais, integrados a apps como iFood Benefícios, Sodexo Multi, Alelo Pay, onde você paga direto pelo celular, às vezes nem precisando de cartão físico.
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Mais flexibilidade: muitas empresas passaram a oferecer o VA/VR flexível, onde o trabalhador pode escolher como usar: supermercado, restaurante, delivery.
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Cartão único para vários benefícios: refeição, alimentação, cultura, combustível… tudo no mesmo app ou cartão.
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Hoje, o vale-refeição é quase um “dinheiro de verdade”, mas controlado para fins de alimentação — e faz parte do pacote de benefícios que ajuda a atrair e reter talentos nas empresas.